sábado, 30 de maio de 2015


Pinturas e Quadros do Romero Britto
Romero Britto é um artista plástico pernambucano, natural de Recife, e radicado nos Estados Unidos. Tornou-se mundialmente famoso pelos seus quadros bem coloridos que apresentam pessoas, animais e objetos formados por figuras geométricas. Romero é bastante prestigiado pelas celebridades norte-americanas, e já fez diversas homenagens à elas, tendo pintado retratos para Madonna, Michael Jackson, Arnold Schwarzenegger e Bill Clinton, além de celebridades de outras nacionalidades, como a presidente Dilma Rousseff e o casal real, príncipe William e Kate Middleton.
Sua carreira iniciou-se quando ele tinha 18 anos, em Pernambuco, apesar de ter começado a demonstrar interesse pelas artes plásticas aos 8 anos. Hoje em dia é mundialmente conhecido, prestigiado e premiado. Seus quadros e obras são chamadas por admiradores e colecionadores de "arte da cura". Há controvérsias a respeito de seus quadros, uma vez que todos eles apresentam uma estética "fácil" e repetitiva, de certa formas, parecidas. Bastante críticos alegam que suas obras não são considerada uma expressão artística, uma vez que são feitas para vender em grandes quantidades e não despertam um olhar crítico. A proposta de Romero Britto é que sua arte seja talvez acessível e instigante através das cores e formas.
Hoje encontramos no mercado uma grande quantidade de produtos que levam a roupagem e a marca de Romero Britto. Bolsas, sapatos, caixas para presente, capas para smartphones, cadeiras, chinelos, canecas, guarda-chuvas, bichos de pelúcia, dentre outros produtos ganharam estampas assinadas por Romero Britto. Obras públicas, como esculturas e pinturas em espaços públicos também sofrem a interferência do artista.
Quadro Romero Britto gato
Vivendo em Miami desde 1990, Romero foi nomeado embaixador das artes do estado norte-americano da Flórida em 2005. Também neste ano, e em 2006, Romero Britto foi convidado a participar de uma lista de artistas internacionais selecionados para a Bienal de Florença. Romero Britto foi convidado, a pedido da “Arts and Exhibitions International”, a fazer uma pirâmide que comemoraria o retorno da exposição do tesouro do faraó Tutancâmon à cidade de Londres, depois de 35 anos da última exposição. A pirâmide foi feita no Hyde Park e tem a altura equivalente a um prédio de quatro andares, sendo a maior obra da história já tendo sido feita no parque. Futuramente, a pirâmide será uma obra permanente no Museu da Criança, na cidade egípcia do Cairo. 
Pintura do Romero Britto
Em 2008, Britto criou uma série limitada de selos postais intitulada "Esportes para a paz", em memória ao talento dos atletas nos Jogos Olímpicos de Beijing. Romero Britto diz que a arte é muito importante para não ser compartilhada, e criou a Fundação Romero Britto.
Presente nas mais preciosas coleções particulares de artes, os quadros do Romero Britto demonstram o quão famoso e prestigiado o artista está. Romero  foi convidado, pela terceira vez consecutiva, para ser um palestrante do World Economic Forum, além de ter recebido convite para fazer a abertura do Super Bowl XLI com o Cirque du Soleil, e ainda para criar a prestigiada coleção de selos postais para a ONU. Muitas empresas do mundo encomendam suas obras, trazendo visibilidade para suas marcas e produtos, como a Disney, Pepsi, Audi, Microsoft e Absolut.
Quadro
O artista possui hoje duas galerias, estando localizadas, respectivamente, em Miami Beach e outra em São Paulo. Seus quadros e obras em geral podem ser consideradas Art Pop, uma vez que seus trabalho é voltado para a consumo generalizado, de fácil acesso e estética considerada simples.
O sistema que Romero Britto utiliza para pintar suas obras é chamado de "sistema fordista". Primeiro ele recebe a fotografia da pessoa que quer ser retratada. A partir de então, ele esboça os traços em uma tela utilizando pilot preto, e depois pincela com tinta acrílica as cores que serão utilizadas nos preenchimentos. Quem preenche os espaços com as tintas é uma equipe. No final a obra volta para Britto, e ele contorna as figuras novamente com  pilot preto de tinta a óleo.
Seu trabalho é, por muitas vezes, contestado por artistas e críticos do gênero. Há o grupo de pessoas que diz que suas obras não são arte, apenas decoração feita para vender massivamente. Outras pessoas consideram que seu trabalho é uma arte, assim como as obras de Picasso, por exemplo. Essa comparação é obviamente superficial, uma vez que Pablo Picasso não pintava telas para vender emgrande número, e elas tinham um significado, uma missão de instigar a visão crítica nas pessoas, coisa que talvez as obras de Britto não façam.
Rua por Romero Britto
Muita gente não o leva a sério por considerarem as pinturas superficiais, até mesmo toscas e bregas. É difícil definir se o seu trabalho é arte, decoração, design ou Arte naïf. Há artistas, como Jac Leirner, que afirmam que o conceito de arte é elástico, até mesmo complexo, e que ela deve estar inserida num contexto histórico, trazer uma discussão, uma crítica, e não apenas estar reduzida às cores e formas que param por aí. O sucesso de Romero Britto é algo que existe, e seu reconhecimento mundial é a prova disso. Isso não significa necessariamente que os seus trabalhos tenham tanta qualidade e importância histórica. Britto pode se destacar por ser empresário de sucesso, que está ganhando muito dinheiro e vendendo obras pelo mundo todo, mas isso não significa que seus quadros necessariamente estejam inseridos dentro do que chamam de arte contemporânea, e sim objetos puramente decorativos. Se os quadros de Britto são bonitos ou bregas, arte ou não-arte, deve-se levar em conta a finalidade que eles têm em suas existências, e o valor que cada pessoa atribui a eles.


Anahí pode estrear álbum novo em julho, depois de lançar "EstAn Ahi", segundo canal mexicano
A cantora está mesmo voltando com tudo e divulgar material inédito ainda em 2015.
Anahí voltou mesmo com tudo para o mundo da música! Depois de lançar o novo single, "EstAn Ahí", a loira pode estar prestes a lançar novo álbum! Segundo o programa de TV mexicano "No Lo Cuentes", a loira deve estrear o novo CD em julho de 2015! Oi?
Mesmo com o novo hit alcançando o topo da lista dos mais vendidos no ITunes Brasil, nem Anahí e nem a sua equipe falaram sobre as informações. Mas já é a segunda pessoa que dá o disco como certo: o cantor mexicano Kalimba já tinha garantido que o disco já estaria em produção. O cara disse até que estava ajudando a compor algumas músicas para o próximo trabalho da esposa do governador mexicano, Manuel Velasco.
Os fãs já estão na espectativa para o lançamento do próximo trabalho da ex-RBD, mas nada ainda é certo. A própria Anahí disse que voltaria para o mundo da música, mas que também gostaria de engravidar até o final de 2015. O que será que Any planeja para a carreira? 


Quais os malefícios da música
Quando se fala dos efeitos da música sobre as pessoas, normalmente se trata dos benefícios, seja para o aprendizado, estímulo cerebral,  diminuição do estresse, e tantos mais. 
Porém pouco se fala dos malefícios, ou seja, dos efeitos nocivos que a música pode provocar nas pessoas. 

Hoje falaremos de alguns casos em que a música faz mal à saúde, seja na saúde física ou mental, e deve ser evitada. Falaremos também de alguns mitos sobre os efeitos da música, baseando-se em pesquisas científicas recentes. 

A overdose musical 

A audição demasiada, especialmente pelo uso constante do fone de ouvido, tem preocupado organizações da saúde em todo o mundo. 

Vemos na população, especialmente no meio jovem, a audição ininterrupta de música por várias horas. Sabe-se que a audição musical estimula várias áreas cerebrais, o que pode ser tomado como um ponto positivo, já que este estímulo mantém o cérebro em atividade saudável. O problema reside no fato que, embora tal estímulo seja positivo, em demasia pode sobrecarregar o sistema auditivo e as atividades neurais.

 Não que nosso cérebro seja limitado, mas é necessário momentos de descanso, para que os processamentos das diversas atividades requeridas por ele ocorram adequadamente. Ao ouvir música constantemente, o cérebro se mantém em atividade complexa, e isso pode sim ser prejudicial, pois gera cansaço, e após um longo dia de audições, a pessoa pode encontrar dificuldade de concentração, para dormir e relaxar. 

Este efeito nocivo se agrava consideravelmente quando a audição é feita através de fones de ouvido (mp3, ipods), pois estes aparelhos têm um sistema que limita a fuga do som, por isso, a intensidade que atinge o ouvido interno é muito maior. 

Segundo alguns médicos, o uso e abuso de MP3 faz com que os jovens tenham um envelhecimento da audição igual a uma pessoa com 60 anos. 

Um relatório encomendado pela Comissão Européia alerta que quem ouvir música acima dos 80 decibéis, durante uma hora, os dias, tem uma grande probabilidade de ficar surdo após cinco anos. Se a audição de uma hora diária é capaz de todo esse “estrago”, imagine a audição de horas, como é bem comum. 

  Earworms e Brainworms 

O neurologista americano Oliver Sacks em seu  livro “Alucinações Musicais”,  relata vários casos que demonstra os efeitos da música no cérebro humano. Dentre eles, há vários em que os efeitos foram considerados nocivos. 

Entre os casos citados, há os chamados Earworms (vermes de ouvido) ou Brainworms (vermes de cérebro). São casos que podem soar comuns a muitas pessoas, porém, são considerados nocivos e até patológicos quando ultrapassam um nível normal. 

Os vermes de ouvido/cérebro são aqueles trechos de música que ficam em nossa mente por horas, até dias a fio. Podem ser desde músicas que gostamos até àquelas que abominamos. Ficar com músicas na cabeça é normal quando elas logo passam, e não chegam a incomodar muito. Porém, quando elas “martelam” nossa cabeça por dias sem parar, podem se tornar insuportáveis e atrapalhar o sono, o trabalho, o rendimento escolar. 

Ao fim do capítulo, o autor cita a audição constante a que somos expostos, como agravantes dessa problemática. 

Epilepsia musicogênica

 Outros casos comuns de efeito nocivo são os ataques epiléticos causados pela audição musical.

 Ainda no livro de Oliver Sacks, o autor cita a Epilepsia musicogênica.  Desenvolvida geralmente à partir dos vinte anos de idade, segundo estudos, os indivíduos acometidos pela epilepsia musicogênica eram “interessados em música”, ou seja, a música fazia parte constante das suas vidas. 

Os ataques ocorridos pelos indivíduos acometidos pela epilepsia apresentavam formas variadas: alguns caiam inconscientes, mordiam a língua, e outros apresentavam breves ausências, mal notadas pelas pessoas ao redor. Assim também as músicas que desencadeavam os ataques variavam de uma pessoa para outra e poderiam ser desde o rock até músicas clássicas. 

Mitos 

Quando procuramos saber mais a respeito dos efeitos nocivos da música, frequentemente encontramos artigos que “acusam” certos estilos musicais. O rock é o estilo mais atacado como música maléfica, enquanto a música erudita e o new age são consideradas ideais e benéficas. 

Por sua característica “agressiva”, muitos falam que o rock não é uma música adequada ao relaxamento, incita a violência, promove agitação, rebeldia, baixo rendimento escolar e tantas outras influências nocivas ocasionadas por sua audição e outros estilos com características similares (segundo os autores). 

Como musicoterapeuta, nunca encontrei nenhuma base sólida que corrobore com essa afirmação. Ao contrário, em uma tese de doutorado apresentada na USP, foi realizada umapesquisa utilizando-se da música Trilogy do Malmsteen ( famoso por sua "veloz" guitarra)

No estudo, a intenção era expor crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (hiperativos) à música citada e comparar os efeitos com àquelas que não ouviram. 

Ao contrário do que muitos poderiam pensar, os movimentos do hiperativo foram menores durante a música e a análise funcional do movimento revelou que o hiperativo olhou o caderno e escreveu mais enquanto ouvia a música do que em silêncio. O estudo concluiu que a música favorece a diminuiçäo da movimentaçäo em sala de aula e a torna mais atenta. 

Segundo a pesquisadora, ouvir a música de Malmsteen contribuiu, não para deixar as crianças mais agitadas, mas para diminuir a agitação e colaborar na concentração. 

Como vimos acima, não é o estilo da música que exerce influência negativa ou positiva. Nos casos da epilepsia citada acima, muitos pacientes apresentaram ataques ouvindo peças eruditas e músicas “calmas e relaxantes”. Portanto, representa um mito associar de maneira arbitrária os estilos musicais como bons e ruins. 

Especialmente pelo fato de cada indivíduo reagir diferentemente às músicas ouvidas, não é possível formar "receitas" musicais prontas. Assim, o musicoterapeuta é o  profissional preparado para utilizar a terapeuticamente a música de maneira adequada e evitar que em certos casos, a música possa resultar em efeitos iatrogênicos.


Referências 

SACKS, Oliver. Alucinações Musicais: Relatos sobre a Música e o Cérebro. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 

SOUZA, Vera Helena Pessôa. Contribuiçöes ao estudo da hiperatividade: determinaçäo de índices para avaliaçäo de comportamento irrequieto e alternativas de tratamento através da música. Tese apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de Säo Paulo para obtenção do grau de Doutor. Säo Paulo; s.n; 1995. 462 p.


Quais os benefícios da música

Ouvir música não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar – ela pode trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física.
Além disso, funciona como um “remédio” para vários problemas, como mostraram a pediatra Ana Escobar e a musicoterapeuta Marly Chagas no Bem Estar desta quinta-feira (6).
Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, assim como o sexo e o chocolate, por exemplo. Ela libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar e, por isso, tem sido usada por médicos, terapeutas e preparados físicos como tratamento de diversos problemas – e tem trazido ótimos resultados.

Musicoterapia
O repórter Phelipe Siani mostrou a história do Edson, um garoto que foi diagnosticado com autismo aos 6 anos de idade. O menino tinha dificuldades para falar, mas na frente do videogame, costumava se soltar.
Por isso, os pais recorreram à musicoterapia, um tratamento que começou a deixar o Edson mais calmo, atento e com interesse pelo mundo em sua volta. Com o tempo, os resultados foram ainda melhores: ele começou a interagir com as pessoas, a cumprimentá-las e a procurá-las também – tudo reflexo da música dentro da vida do menino.


sexta-feira, 29 de maio de 2015


FEMINISTA, POR QUE NÃO?
beyonce-vmas-ws-1440.jpg
Antes de mais nada, preciso alertar às leitoras e aos leitores que as ideias sobre o que é feminismo aqui expostas são bem particulares. Tudo o que aqui está representa pura e simplesmente o meu horizonte de compreensão.
Prosseguindo.
Estava viajando nos meus pensamentos quando cheguei à seguinte problematização: por que é tão difícil se reconhecer feminista? Qual é a dificuldade que têm tantas mulheres (não vou entrar no mérito dos homens porque é assunto para outro artigo!) para se identificar, talvez, não com a causa do feminismo, mas com o adjetivo em si e dizer “sou uma mulher feminista”?
Notei, em minhas leituras (tanto acadêmicas quanto Facebookeanas), alguns argumentos recorrentemente apontados para essa causalidade. Um deles é o fato de que, nascendo e se desenvolvendo num mundo fundamentalmente sexista, todo o arcabouço discursivo em que nos encontramos é, consequentemente, também sexista. Vamos, então, nos constituindo enquanto pessoas, nos relacionando e nos contextualizando através de palavras, gestos, visuais, comportamentos, enfim, linguagens carregadas de sexismo. Logo, a menos que uma mulher entre em contato com um mundo semântico alternativo, dificilmente poderá instrumentalizar sua insatisfação com o estado de coisas.
Outro motivo levantado é que o movimento todo é muito associado ao “feminismo radical”. Não falo da radicalidade daquelas que querem meramente inverter os sinais da equação e empreender um projeto de dominação-exploração dos homens (não sei nem que nome daria a essa “vertente” que, por sinal, me parece bem inexpressiva), mas do feminismo de segunda onda, iniciado nos anos 60 e 70, aquele que nos falou do patriarcado como causa da opressão feminina. Em uma das minhas observações mais-do-que informais de discussões na internet, notei algumas mulheres desconfiadas desse tipo de colocação. Uma afirmação comum era de que tais feministas veem opressão em tudo – uma delas chegou a dizer: “vocês enxergam opressão até numa banana, só porque tem formato fálico”. Ok.
Bom, meu propósito não é desqualificar tais argumentos; é aventar mais uma possibilidade. Um obstáculo ao qual não se presta muita atenção, mas que engendra muita resistência, é o “ista” de feminista. Primeiro, porque muita gente já está farta de ver uma diversidade de opiniões e convicções, tão complexas e cheias de nuances, separadas de modo bruto em caixinhas. Muitas pessoas simplesmente não querem ser rotuladas. Uma outra razão se percebe ao identificar, em grande parte dos “ismos”, uma associação bastante negativa: racismo, chauvinismo, fanatismo, terrorismo. O próprio sexismo, claro. Lembro que a palavra homossexualismo foi abandonada por ser patologizante; hoje, falamos em homossexualidade ou homoafetividade. Os ismos não são bem recebidos.
Daí é que eu comecei a entender um montão de mulher que eu conheço. Elas têm uma atitude bacana, brigam por seus direitos, criticam comportamentos machistas, mas preferem não se dizer feministas. Abraçam a causa, mas não a qualificadora. E foi aí, também, que eu comecei a bolar alegações para demonstrar a necessidade de abraçar o feminismo por inteiro, adjetivo e tudo.
sfphotos325055.jpg
Pelo visto, não só eu. Uma série de personalidades famosas, peças publicitárias e Organizações Internacionais iniciaram, nos últimos tempos, fortes campanhas em favor do feminismo. Nesses dias, vi que o pessoal do site BuzzFeed fez uma boa jogada: adivinhar se alguém é feminista pelas respostas a duas perguntas: 1) Você é um ser humano? 2) Você acredita na equidade social, política e econômica entre os sexos?
Fantástico. Só que, embora ache maravilhosa a formulação “se você é a favor da equidade de gênero, você é feminista”, creio que, na verdade, ser feminista seja mais que isso. Não se trata, apenas, de concordar com a igualdade. Trata-se de reconhecer que há uma desigualdade.
A verdade é que eu também não me dizia feminista até algum tempo atrás. Adotei o rótulo depois que tive ciência de que mulheres ganham 77% do que os homens ganham, que 1 em cada 3 mulheres é vítima de violência conjugal e 1 a cada 3 vítimas de tráfico humano é mulher (números mundiais). Mas não paro por aí, nos dados mais brutalmente chocantes. Precisei me dizer feminista porque reconheci a desigualdade por todos os lugares. Aguçando os sentidos, outras mulheres poderão reconhecer, também.
Andando pela cidade, notarão que os nomes de Ruas, Avenidas e Praças são nomes de homens. Perceberão que os seus corpos são policiados e constrangidos: os mamilos não podem sequer transparecer pela blusa, mas seus amigos não têm esse problema (e podem até tirar a camisa no meio da rua, se estiver fazendo calor). Prestando bastante atenção, ouvirão que “é muito feio ver uma mulher fumar” (mas homens fumando são a visão do paraíso, sim?). Repararão que, na TV, os experts convidados são majoritariamente homens, para falar de qualquer assunto (que não seja maternidade). Fazendo isso, é com muito pesar que ouvirão, de algumas amigas, que “mulher nasceu para sofrer”. E será, talvez, com muito orgulho, que se denominarão feministas. Quem sabe?


CALENDÁRIO VATICANO E SUA SELEÇÃO DE PADRES BONITOS!
padres-bonitos-04.jpg
O Vaticano desde o ano de 2003 surpreende a todos com o inusitado lançamento do calendário que reúne doze belos padres. A cada ano esses exemplares ficam mais criteriosos em suas seleção pois nele a beleza é fundamental.
Apesar desse critério de beleza para os padres escolhidos estamparem cada mês do calendário, a Igreja afirma e confirma que o objetivo é tão simplesmente levar informações sobre a Santa Sé para a população e divulgar o Vaticano. Nada de instigar os desejos pecaminosos nos corações de seus fiéis. Afinal, a cobiça é dos Sete pecados - com as leis divinas não se brinca - e a Igreja sabe disso melhor que ninguém, não?
Essa ideia vende??
O projeto, é oficialmente divulgado como “Calendário Romano” e reúne apenas os padres bonitos que fazem parte do corpo administrativo (Cúria Romana) que auxilia o Papa a exercer o seu poder e que trabalham no Vaticano.
O turista que quiser levar essa estimável lembrança deve pagar dez euros e pode até mesmo encomenda-lo pela internet.
Os modelos, de fato, são padres e os mesmo não tem seus nomes divulgados.
padres-bonitos-02.jpg
padres-bonitos-01 (1).jpg
padres-bonitos-05.jpg
015998391-EXH00.jpg
padres.jpg


ÀS VEZES É PRECISO SER
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Às vezes gente se sente meio que Alice no país das maravilhas. A vida adulta nos colocam decisões a serem tomadas o tempo todo e nem sempre sabemos ao certo quem somos, o que queremos e o que precisamos fazer para que isso seja possível. Saber qual a melhor escolha para você naquele momento só se torna possível com autoconhecimento. Então, siga o seu coelho e entre no buraco.

Às vezes, mesmo com nossos 30 e poucos anos, a gente se sente meio que Alice no país das maravilhas, na versão de 2010 do diretor Tim Burton. Nesta edição, Alice está prestes a ficar noiva, quando sai correndo e encontra o coelho, o mesmo que está presente na história dela 13 anos atrás. Agora com 19 anos, Alice faz um mergulho em si e vivencia muitos desafios ao longo do filme. Interpretações psicológicas dessa segunda versão do filme, ocorrem freqüentemente por profissionais, porém eu não gostaria de me limitar apenas a fase da saída da adolescência, como me parece ser o foco.
Assim como nos contos, a vida real e adulta é um pouco cruel, nos colocam decisões a serem tomadas o tempo todo e nem sempre sabemos ao certo quem somos e o que queremos para que isso seja possível. Você termina o ensino médio e começa a escolher qual curso de graduação vai fazer, e depois qual especialização e/ou então qual trabalho, qual relacionamento, onde vai morar, onde vai investir o seu dinheiro, quantos filhos terá e por aí vai seguindo sem nunca parar.
E não é fácil decidir nada disso. Fazer escolhas é um ato de coragem, que só se sustenta com a capacidade de lidar com a frustração caso seja necessário diante de algo que não saia conforme o esperado, e sempre corremos esse risco. A não ser que você seja um adulto não crescido, cercado de pessoas que assumam o que seria sua responsabilidade independente das escolhas que faça. Caso você realmente não seja um desses, não há formula mágica quando se fala em tomar decisão, é preciso entrar no buraco do coelho da Alice, é preciso mergulhar em si mesmo e se conhecer, para ter condições de sustentar qualquer conseqüência que possa vir a ter. Nesse ponto a coragem já é necessária, porque não se sabe o que pode encontrar quando se permitir ficar somente com você. Nesse lugar pode haver seres muito estranhos, portanto trata-se de uma tarefa para poucos, porque você pode não ter a capacidade de lidar com a frustração de se reconhecer como a pessoa que é.
Mas quando você é um desses corajosos, você acaba indo, segue o coelho porque tem curiosidade de saber onde tudo vai dar e a principio não sabe o que fazer e nem o que é tudo aquilo que está vendo, mas não pode mais voltar, porque só se acha a saída depois de passar por todo o trajeto determinado para Alice nesse país das maravilhas, ou depois de provar que você é a mesma Alice de antes, apesar de parecer diferente e crescido. Então você segue assustado, porque não se reconhece, e se machuca, porque encontra com monstros. Aqueles monstros que te faz acreditar que não tem capacidade de derrotá-los, e que te fazem dizer “eu não consigo” e “eu não sei”. E no meio dessa loucura toda você descobre que é capaz de acabar com o medo desses seres assustadores se aproximando deles, lentamente e conscientemente, porque eles não passam de criação da sua mente. Basta perceber que fez isso, para querer fazer de novo e com aquilo que te faz tremer ainda mais, o Jaguadarte, e o faz.
Quando chega ao fim desse caminho você amadureceu, já não precisa mais da companhia de lagartas que te fazem pensar o tempo todo, já não é toda impulsividade da rainha vermelha e nem toda passividade da rainha branca, você é Alice com medo do que lhe espera, mas com confiança para enfrentar, um ser que se equilibra entre pensamentos e ação. Você é a espontaneidade, verdade e criatividade do Chapeleiro Maluco, visto muitas vezes como insanidade e é a intuição do cachorro.
Assim é o nosso processo de autoconhecimento, é entrar em contato com o que desconhecemos de nós mesmos, reconhecer o que temos de melhor e pior. Muitas de nossas capacidades são tão distantes de nossa consciência que duvidamos de nossas habilidades em lidar com situações diversas, o que na maioria das vezes nos faz optar por fugir e se esconder. Se conhecer é correr o risco de descobrir nossas falhas, ou seja, ficar cara a cara com o sentimento de fraqueza e é também muitas vezes se descobrir diferente dos outros, e é por esse motivo que requer coragem. E quem a tem e se permite passar por esse processo vivenciando desde suas características mais frágeis até as mais fortes, aprende a fazer escolhas e a sustentá-las, porque sabe dos seus limites e qual a melhor forma de respeitá-los. Portanto, ao sair desse buraco ou desse mergulho em si, está preparado para tomar decisões que lhes fazem bem e com tranqüilidade de que quaisquer desviadas dos seus planos são possíveis de serem organizadas, porque nesse momento tem consciência de que nenhuma frustração é maior que sua capacidade.
Não sabemos quanto tempo esse processo todo vai levar para ocorrer, mas quanto antes estiver disposto a começar, mais cedo terá essa resposta e saberá como realmente é e o que deverá fazer. Agora, caso você resolva não entrar no buraco, a única opção que lhe vai restar é deixar a vida resolver por você, e como dizem por ai, você não poderá nem assim responsabilizar alguém ou algo pelo que der errado na sua trajetória pela vida, pois não escolher já está sendo uma escolha sua.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Poema de Olavo Bilac












Por que me vens, com o mesmo riso,
Por que me vens, com a mesma voz,
Lembrar aquele Paraíso,
Extinto para nós?

Por que levantas esta lousa?
Por que, entre as sombras funerais,
Vens acordar o que repousa,
O que não vive mais?

Ah! esqueçamos, esqueçamos
Que foste minha e que fui teu:
Não lembres mais que nos amamos,
Que o nosso amor morreu!

O amor é uma árvore ampla, e rica
De frutos de ouro, e de embriaguez:
Infelizmente, frutifica
Apenas uma vez...

Sob essas ramas perfumadas,
Teus beijos todos eram meus:
E as nossas almas abraçadas
Fugiam para Deus.

Mas os teus beijos esfriaram.
Lembra-te bem! lembra-te bem!
E as folhas pálidas murcharam,
E o nosso amor também.

Ah! frutos de ouro, que colhemos,
Frutos da cálida estação,
Com que delícia vos mordemos,
Com que sofreguidão!

Lembras-te? os frutos eram doces...
Se ainda os pudéssemos provar!
Se eu fosse teu... se minha fosses,
E eu te pudesse amar...

Em vão, porém, me beijas, louca!
Teu beijo, a palpitar e a arder,
Não achará, na minha boca,
Outro para o acolher.

Não há mais beijos, nem mais pranto!
Lembras-te? quando te perdi
Beijei-te tanto, chorei tanto,
Com tanto amor por ti,

Que os olhos, vês? já tenho enxutos,
E a minha boca se cansou:
A árvore já não tem mais frutos!
Adeus! tudo acabou!

Outras paixões, outras idades!
Sejam os nossos corações
Dois relicários de saudades
E de recordações.

Ah! esqueçamos, esqueçamos!
Durma tranqüilo o nosso amor
Na cova rasa onde o enterramos
Entre os rosais em flor...
Olavo Bilac